Método ZumbBoys

O Grupo Zumb.boys sempre se preocupou com a possibilidade da partilha de seu conhecimento produzido e por isso, os encontros, aulas, treinos abertos, residências e cursos online se fizeram necessários durante toda nossa trajetória. Buscando inovar, estando atento em criar, sistematizar e difundir o seu método criativo, criando uma caraterística. O Método Zumb.boys, é fruto da sistematização de estudos que foram sendo desenvolvidos ao longo da trajetória de pesquisa do grupo.

Rasgadas

Rasgada é um estudo corporal, procedimento que nasce em 2014 no processo de criação do espetáculo Ladrão”. É um estudo que toma forma pelo contato com o assunto discutido para o trabalho, trazendo a ideia de fuga, quando se foge de algo ou de alguém. Já em 2015 na construção do espetáculo “O que se Rouba”, as rasgadas aparecem novamente para dar conta de trazer para o corpo a ideia de descontrole, descontrole que mora no peito, descontrole gerado pela sensação de impotência e incapacidade de mudar contextos. Como imagem poética, por mais rápido que nos movimente e ainda que avance é difícil diminuir as distâncias e diferenças geradas socialmente. Perceber o corpo em disparada, em correria se adaptando a velocidade estabelecida ao se mover no espaço. Reverbera, constrói e estabelece possibilidade de novos gestos, enquanto se movimenta transitando por sensações, níveis, qualidades, é rasgar o espaço em grande velocidade. Como uma flecha que busca o alvo, cortando trajeto indo de um ponto a outro, é fugir, é se adaptar em trânsito aos diversos terrenos aos diferentes territórios. A utilização do Método Jeito Zumb.boys no processo de formação destes aprendizes/estagiáries também tem o intuito de testar e validar tal ferramenta como eficiente e eficaz em se tratando de formação artística e de conhecimento, em especial, junto a pessoas que ainda não passaram por espaços tradicionais de formação em dança na cidade de São Paulo. Não por menos que a definição dos quatro aprendizes/estagiáries levou este ponto em consideração, além do recorte da faixa etária e territorial. No segundo encontro semanal passarão pelo repertório do Grupo e terão acesso ao caminho escolhido para construção de cada obra. O acesso a esse conhecimento não é apenas no que diz respeito à parte corporal, mas sobre o pensamento que produz o movimento, sobre composição e escolhas estéticas. Além das aulas, os aprendizes/estagiáres acompanharão a circulação e farão parte de um dos espetáculos de intervenção artística (Dança por Correio), passando pela experiência de estabelecer conexões e vivenciar na prática o que foi partilhado durante os encontros com o Grupo.

ESPAÇO DE ANGOLA

É um procedimento utilizado e desenvolvido pelo coletivo, para colaboração na construção de um corpo mais atento com seu entorno (esse estudo foi inspirado na Capoeira Angola). A brincadeira exige uma escuta desse espaço estabelecido pelas pessoas que estão participando, com o intuído de estimular o controle dos gestos praticados. Para esse procedimento estabelece um jogo e um lugar combinado para se 8 desenvolver a movimentação, ou seja, um círculo que vai diminuir e ampliar provocando na pessoa que esta estudando pensamentos e uso de escolhas compositivo-investigativas, fazendo a medida de seus gestos, mudando a intensão, controle muscular, sua atenção... O espaço é reduzido não apenas pelas pessoas que se aproximam de quem está no centro, mas também reduz o espaço de cima fazendo com que a pessoa seja provocada a utilizar nível médio e baixo. A ideia central é desenvolver um espaço de pratica divertido e desafiador, a proposta é simples de manter-se no centro ficando o maior tempo que conseguir explorando, sem tocar em ninguém que está formando o círculo, uma vez que tocou, outra pessoa vai entrar e vivenciar a experiência.

Solo Instável

É uma das propostas pensadas e estrutura das com o foco de promover um espaço, que interfira diretamente na estabilidade corporal quando se propõem a estudar o movimento. Atualmente esse estudo acontece de duas maneiras. A primeira é usar um colchão inflável, colocar uma madeira por cima e colocar sobre a água (rio ou piscina), a ideia é desenvolver um reper tório de movimentação já dominada por cada interprete e experimentar nessa superfície instável. A segunda maneira de estudar é sobre uma plataforma de madeira de 2 por 2, com quatro rodas e con forme a movimentação acontece as pessoas ao redor vão movimentando a plataforma com impulsos e dinâmicas diferentes promovendo essa instabilidade. Interessa-nos criar um procedimento para promover corporalmente, respostas diversas muscularmente e identificar como são as estratégias despertadas para resolver essa interferência, por ser um ambiente no qual as pessoas não estão habituadas. Interessa-nos produzir um espaço gerador de experiências que contribua na construção memórias e busca desenvolver soluções para conseguir manter-se estável.

Contato

Zumb.boys Produção

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